Mensagem do Diretor Executivo do UNAIDS para o Dia Internacional dos Direitos Humanos

O movimento da AIDS, liderado por pessoas que vivem com HIV e que são afetadas pelo vírus, continua a inspirar o mundo e a oferecer um modelo para uma abordagem de saúde global e de transformação social baseada em direitos e centrada nas pessoas.

No entanto, ainda nos dias de hoje, em meio a um emaranhado de preocupações globais complexas e concorrentes entre si, confrontamo-nos com um obstáculo novo e grave: o peso opressivo da complacência. E isso acontece num momento em que sabemos que se nos concentrarmos nos lugares e nas pessoas mais afetadas pelo HIV, o mundo pode acabar com a epidemia de AIDS como uma ameaça à saúde pública.

Este momento é, no entanto, passageiro. Temos uma janela de oportunidade frágil para agir. Os esforços devem ser intensificados nos locais e entre as populações mais vulneráveis ao HIV, incluindo mulheres, jovens, pessoas privadas de liberdade, profissionais do sexo, homens gays e outros homens que fazem sexo com homens, pessoas trans e pessoas que usam drogas injetáveis.
Muitas vezes, leis, políticas e práticas prejudicam o acesso equitativo aos serviços de HIV para as pessoas mais afetadas pelo vírus. Leis punitivas que impedem respostas eficazes ao HIV continuam a ser propagadas. Por volta de 75 países criminalizam as relações sexuais consensuais entre pessoas do mesmo sexo, e a grande maioria dos países e territórios criminaliza o uso de drogas e o trabalho sexual.

How AIDS changed everything—MDG 6: 15 years, 15 lesson of hope from the AIDS response 14 July 2015 Released in Addis Ababa, Ethiopia, on the sidelines of the Third International Conference on Financing for Development, the report demonstrates that the response to HIV has been one of the smartest investments in global health and development, generating measurable results for people and economies. It also shows that the world is on track to meet the investment target of US$ 22 billion for the AIDS response by 2015 and that concerted action over the next five years can end the AIDS epidemic by 2030. http://www.unaids.org/en/resources/presscentre/pressreleaseandstatementarchive/2015/july/20150714_PR_MDG6report The flagship publication from UNAIDS was released at a community event at Zewditu Hospital in Addis Ababa, Ethiopia, on 14 July 2015 by United Nations Secretary-General Ban Ki-moon, Minister of Health, Kesetebirhan Admassu of the Federal Democratic Republic of Ethiopia, Executive Director of UNAIDS Michel Sidibé and Abiyot Godana, Case Manager at the Entoto Health Center.

Em sua última visita à Etiópia, Michel Sidibé, Diretor Executivo do UNAIDS, visita serviços de saúde locais.

Acabar com a AIDS em 2030 como parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável significa eliminar o preconceito, a exclusão, a criminalização e a discriminação. Isso vai exigir progressos em todo o espectro de direitos: civis, culturais, econômicos, políticos, sociais, sexuais e reprodutivos.

O UNAIDS lançou um apelo ousado com o objetivo de não deixar ninguém para trás através da nova Estratégia do UNAIDS 2016-2021. É um apelo pela   defesa dos direitos de todas as pessoas. Através da conquista  dos seus direitos, as pessoas que estão sendo deixadas para trás vão avançar até a linha de frente da resposta para acabar com a epidemia – desta vez mais informadas e empoderadas, mobilizadas e engMensageajadas nesta resposta. 

No Dia Internacional de Direitos Humanos de 2015, vamos nos unir para garantir que todas as pessoas, vivendo com ou sem HIV, sejam capazes de viver suas vidas ao máximo, desde o nascimento até a idade adulta e a velhice, livre de discriminação e com dignidade e igualdade .

Michel Sidibé
Diretor Executivo do UNAIDS e  Subsecretário-Geral das Nações Unidas

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